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Propostas para melhoria da mobilidade urbana

  • Lucyleny Rocha
  • 3 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

A mobilidade urbana é um tema bastante amplo, que está além da discussão sobre o trânsito das cidades, envolve questões relativas à história da ocupação, ao crescimento econômico social do país e suas escolhas de políticas públicas. Ela tem impacto direto na saúde e qualidade de vida das pessoas. É um atributo do território e um direito do cidadão urbano.

Complexo Viário Gilberto Mestrinho na Zona Leste de Manaus (Foto: Divulgação/Semcom)

A cidade tem como papel principal a troca de bens e serviços, cultura e conhecimento entre seus habitantes, mas isso só é possível se houver condições de mobilidade adequadas. Neste sentido, a mobilidade é um atributo associado à cidade, e corresponde a facilidade de deslocamento de pessoas e bens dentro da área urbana. Ou seja, a mobilidade traduz a relação dos indivíduos com o espaço que habitam.


O aumento da mobilidade acarreta uma série de impactos negativos sobre a sociedade. Estes impactos incluem congestionamentos, emissão de poluentes, ruído, fragmentação de comunidades, acidentes, uso de energia não-renovável e produção de resíduos sólidos. Para tanto, soluções são pensadas para sanar tais problemas como a tentativa de implementação de um plano de mobilidade urbana sustentável que propõe um planejamento integrado com a natureza e as diferentes tecnologias.


Em países como o Brasil, o crescimento demográfico e o aumento da renda indicam um crescimento exponencial da frota de veículos em circulação. Quanto maior o investimento na expansão da malha viária, maior o estímulo para a compra de veículos particulares, que irão saturar a malha viária e exigir novos investimentos em expansão do sistema viário (Noland, Quddus, 2006; Noland, Lem, 2002).


Devido a isso, o desenho do sistema viário de uma cidade é um fator determinante para a mobilidade urbana. Percebe-se que a maioria das cidades possui sistemas viários desenhados para o automóvel, baseados em grandes avenidas, viadutos, túneis e outras estruturas pouco amigáveis ao uso de meios não motorizados de transporte.


O conceito de Linhas BRT (Bus Rapid Transit), por exemplo, surge para mostrar que o ônibus faz parte da solução para os desafios do tráfego. A UITP (União Internacional dos Transportes Públicos) chegou a um cálculo simples: transportar 10 mil pessoas por uma distância de um quilômetro exige 2 mil automóveis, ocupando aproximadamente 24 mil metros quadrados de espaço viário. No caso de um ônibus de 12 metros de comprimento, como o Mercedes-Benz Citaro, são precisos apenas 100 veículos, ocupando um espaço de 3,2 mil metros quadrados.


Os especialistas em BRT examinam as estruturas de planejamento urbano e o comportamento da população quanto à mobilidade, além das vias e sistemas de transporte existentes. Eles utilizam esse conhecimento para desenvolver recomendações para o estabelecimento de linhas e rotas, paradas de ônibus, sistemas de pagamento e conceitos de veículos. E vão aos mínimos detalhes, como, por exemplo, a escolha da pavimentação correta para as vias ou dos elementos mais adequados do meio fio para os pontos de parada.


Logo, explorar o uso dos meios de locomoção alternativos como ônibus, metrôs e bicicletas, é a solução mais imediata para atender as necessidades dos problemas acima citados.


Propostas de melhoria na mobilidade urbana:

  1. A utilização da bicicleta; Benefícios: reduz congestionamentos, emissões de poluentes, diminui a necessidade de estacionamentos para veículos nos terminais de transporte e traz benefícios para a saúde pública.

  2. Optar pelo transporte coletivo (ônibus, metrôs, trens); Benefícios: diminuição do congestionamento e fluxo de carros nas cidades.

  3. O estabelecimento de zonas de uso misto; Benefícios: agregam áreas comerciais e residências na mesma zona, reduzindo a necessidade de deslocamentos diários para a satisfação das necessidades de consumo, além de estimular o uso de modos de transporte não motorizados e menos poluentes.

  4. Melhorar as calçadas; Benefícios: para estimular a locomoção não-motorizada, é preciso proporcionar melhor acessibilidade aos pedestres.

  5. Substituição de cruzamentos por rotatórias; Benefícios: melhoria no fluxo dos veículos, desafogando boa parte do trânsito nas regiões mais congestionadas.

  6. Optar por combustíveis menos poluentes; Benefício: redução dos gases de efeito estufa (GEF), redução dos efeitos nocivos à saúde causado pelos meios de transportes automotivos.

  7. Implantar pedágio urbano; Benefício: estimularia o transporte coletivo.




Fontes consultadas:

Um índice de mobilidade urbana sustentável/ Costa, Marcela da Silva, 2008- Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-01112008-200521/pt-br.php> acesso em 22/01/17

O ônibus como solução para a mobilidade urbana – o conceito do futuro é o BRT- Disponível em: <https://www.mundotruck.com.br/transp-rodoviario/ônibus/466-o-ônibus-como-solução-para-a-mobilidade-urbana-–-o-conceito-do-futuro-é-o-brt.html> acesso em 01/02/17



 
 
 

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